Qual a importância do dinheiro nas nossas vidas?

agosto 31, 2007

No último domingo, 26 de agosto, eu tive a responsabilidade de pregar na Igreja Metodista Livre de Pinheiros, onde congrego. Abaixo, está o esboço da mensagem, que mescla frases da música Vida Loka parte 2, dos Racionais, e o texto bíblico de Mateus 6:24-34:

Introdução (Mt 6:24) – Em São Paulo, Deus é uma nota de 100 (cuidado com Mamom)

Quem quer dinheiro? Essa frase era repetida diversas vezes no programa Topa tudo por dinheiro, apresentado por Silvio Santos no SBT. Aqui, creio que todos querem e lutam para ter algum ou muito dinheiro no bolso. E em relação a Jesus, será que fazemos o mesmo? Vocês topariam tudo para seguir a Jesus, mesmo que para isso perdessem dinheiro? Infelizmente, para grande parte das pessoas, “em São Paulo, Deus é uma nota de 100”, como diz Mano Brown na música Vida Loka parte 2. E o próprio Jesus alertou que o dinheiro pode virar um deus, ao avisar que ninguém poderia servir, ao mesmo tempo, a Deus e a Mamom, que seria a personificação das riquezas. Como ir contra tudo isso e não se preocupar no modo como “ganhar o pão de cada dia”? É isso que veremos hoje na Palavra de Deus.

Ansiedade não serve para nada (Mt 6:27) –  Vamos brindar o dia de hoje, que o amanhã só pertence a Deus

Um sinal de que Mamom está ganhando o espaço que deveria ser do Senhor na nossa vida é quando pensamos mais em dinheiro do que em Deus. Jesus, na época, falou na ansiedade sobre o que comer, beber e vestir, ou seja, somente necessidades básicas. Creio que aqui, em níveis diferentes, ninguém precisa se preocupar sobre o que comerá, beberá ou vestirá. A preocupação que eu vejo em muitos irmãos é: quando vou quitar a casa? Quando terei dinheiro para trocar de carro? Será que vou ter dinheiro para casar? Será que vou ter dinheiro para ter filho? Cadê aquele emprego em que vou ganhar mais do que hoje?

Desculpe decepcioná-los, mas a ansiedade em relação a essas coisas não mudará a sua situação. Vejamos alguns exemplos bíblicos. Saul era um homem muito preocupado em ser um grande rei de Israel, mas foi Davi quem teve esse reconhecimento (I Sm). Ló escolheu o melhor terreno para cuidar do seu gado, mas Abraão foi mais próspero (Gn). Mesmo sem buscar riquezas, tudo o que José fazia prosperava, seja na casa de Potifar, na cadeia ou quando trabalhava para o Faraó.

Salmo 127:1 diz “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”. E Jesus, em Mt 6:33, diz que é preciso buscar o reino de Deus e a sua Justiça, e o restante será acrescentado.

Nós devemos agradecer tudo o que temos a Deus e reconhecer que, sem Ele, nada teríamos. Podemos ser muito esforçados e não conseguir nada. Por outro lado, mesmo sem esforço, receber algo muito valioso. É o Senhor quem cuida disso.

Com Mamom, nunca estaremos satisfeitos (Mt 6:29) – Dinheiro abre as portas dos castelos de areia que quiser

Nesse momento, você pode discordar do que estou falando. Deve estar pensando algo como “nasci pobre, estudei e trabalhei bastante, e hoje dou uma boa condição para minha família. Ganhei o dinheiro com meu esforço”. E eu digo o seguinte: será mesmo? Você está satisfeito com o que tem? Provavelmente a resposta será não. Sempre estamos pensando em ter mais, mais, mais.

Se você está nesse caminho, tenho de alertá-lo que jamais conseguirá tudo o que quer. Nessa passagem, Jesus usa o exemplo de Salomão. Mesmo com toda sua riqueza, glória, poder, etc., ele não conseguiu ser mais bem vestido do que um mísero lírio do campo, que hoje existe e amanhã é lançado no forno.

Se você pensa “quando eu tiver um carro, minha vida vai mudar”, “quando eu quitar minha casa, vou ser feliz”, “se eu virar diretor da empresa, meus problemas se resolverão”, esqueça! Isso não acontecerá! Pense como Paulo, outro exemplo de pessoa que largou seu status irrepreensível segundo a lei para servir ao Senhor. Conforme Fp 3:4-8, ele considerou tudo o que tinha antes do seu encontro com Jesus como esterco (versão Revista e Corrigida), refugo (RA) e lixo (NTLH).

Só Jesus é que pode te satisfazer! O próprio Senhor falou a Paulo em outra circunstância (II Co 12:9) que a graça dele é que bastaria. O contexto diz a respeito ao espinho na carne, mas creio que também pode ser usado nessa situação: em vez de confiarmos no que Mamom pode nos dar, devemos confiar naquilo que o Senhor fará de nós.

Deus sabe do que precisamos (Mt 6:32) – Imagine nós de Audi, ou de Citroën, mas se não der, o que é que tem?

Confiar no Senhor. Isso é algo difícil. Confiar que Ele sabe do que nós precisamos. Isso é ainda mais difícil. Deus sabia que precisava tirar José da cadeia e colocá-lo em um alto cargo no governo egípcio, pois só assim o povo de Israel conseguiria sobreviver ao período de vacas magras. Da mesma forma Daniel, que era um jovem nobre ou de linhagem real, tinha um propósito para sair do seu conforto em Israel para servir a Nabucodonosor na Babilônia.

Em outro extremo, temos João Batista. Ele andava vestido com pêlos de camelo e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre, mas não “prosperou” na vida, aos olhos dos seguidores de Mamom. No final, morreu decapitado. Mesmo assim ele honrou ao Senhor, ao anunciar que o Reino de Deus estava próximo e ter o privilégio de batizar Jesus.

E você, quem quer ser? Um Davi ou José, com muito dinheiro no bolso, ou um João Batista ou Paulo, que viveram com pouca coisa material, mas fizeram a vontade do Senhor?

O objetivo da pregação não é avisar que o dinheiro é algo ruim, mas as nossas expectativas em relação a ele podem ser prejudiciais a nós. Jesus nos alerta que “os gentios são quem procuram tais coisas” e que “Deus sabe do que necessitamos”. Se tivermos a oportunidade de ter um Audi na garagem, amém! E se não der? Qual o problema? Se, no futuro, seu filho precisar estudar em uma escola pública, pois você não tem dinheiro para pagar um colégio particular? É impossível servir a Deus sem ter uma pós-graduação feita fora do País?

Conclusão – Quando passar por dificuldades, lembre-se: temos a Jesus (Mt 6:34) – A felicidade ainda existe, é uma trilha estreita em meio à selva triste

Depois de ouvir tudo o que foi dito aqui, talvez você pense: “na teoria é tudo muito bonito, mas ele não sabe do que eu estou passando. Estou desempregado, com dívidas, e ele vem me falar para não me preocupar com dinheiro?”.

Você talvez esteja certo. Eu, Empada, não sei o que cada um passa. Mas Jesus sabe o que vocês passam e, nesse texto, ele reconhece as dificuldades que existem nessa vida. Nem todos reparam na última frase do Capítulo 6 de Mateus: “Basta ao dia o seu próprio mal”, ou, na NTLH, “Basta ao dia as suas próprias dificuldades”.

Mesmo nos alertando que realmente cada dia tem os seus problemas, Jesus nos dá a resposta de como superá-los no versículo anterior: busquem primeiro o reino de Deus.

Isso não significa que os problemas vão acabar, mas eles se tornarão insignificantes perto daquilo que o Senhor tem preparado para você.

Agora, você fala: “eu quero participar desse reino!”. O primeiro passo para isso é reconhecer que Deus realmente é o rei da sua vida. Outra coisa, lembre-se que esse reino começa aqui na Terra, mas continua após a morte, ao recebermos a vida eterna ao lado de Cristo.


Até logo, São Paulo!

agosto 29, 2007

Desde que nasci, em 1980, morei na cidade de São Paulo, a maior (e melhor, claro) do Brasil. Foram 22 anos no bairro de Pinheiros, com um intervalo de sete meses no Jd. Marajoara, e os últimos quatro anos e meio no Centro.

Saudades...Foi no asfalto da “terra da garoa” que joguei bola, andei de triciclo, bicicleta, brinquei de esconde-esconde e pega-pega. Em casa, a brincadeira era com playmobil, futebol de botão e videogame. Depois, cresci, fui trabalhar de office-boy e me apaixonei de vez pela cidade ao conhecer sua região central e suas estações de metrô.

Em São Paulo me tornei jornalista, cristão, namorado e esposo. Fui a mais de 100 jogos no Pacaembu e a mais de 50 no Morumbi, onde vi o Corinthians ser campeão, ganhar partidas inacreditáveis, perder títulos e ser eliminado de competições. Assisti a filmes em diversas salas do Cinemark, no Belas Artes (antes de ser HSBC) e em cinemas do Centro, como o finado Marrocos, antes que eles se adaptassem para o segmento “adulto”.

Joguei bola nos campos do Parque Villa Lobos e da Praça do Relógio da Cidade Universitária (USP), com direito a cachorro-quente no final da partida, assim como perdi o gol mais feito da história na quadra da UGAB. Comi no Chivas Hamburguer e na Pizzaria Marcelino, antes que se tornassem Pirajá e Habib’s, respectivamente.

Fiquei internado no Oswaldo Cruz, com direito a quarto com sacada, mas também fui atendido em um pronto-socorro do PAS quando desloquei meu ombro. Tive de ser submetido a cirurgias no Santa Isabel e no Samaritano, graças ao meu intestino e à minha amígdala.

Considero a construção mais bonita de SPRecentemente, subi no topo do prédio do Banespa, dei uma passada na Igreja da Sé e visitei o Museu da Língua Portuguesa. Faltou conhecer o Teatro Municipal, o restaurante do Terraço Itália e a Pinacoteca do Estado.

Apesar de ficar sempre na mesma cidade, passei por cinco residências diferentes, nas mais diversas “formações familiares”: eu/pai/mãe/irmão, eu/pai/mãe/irmão/avó, eu/mãe/irmão, eu/mãe/irmão/primo, eu/mãe/irmão/primo/mulher que alugava um dos quartos, eu/mãe/irmão/primo/esposa do primo, eu/mãe/irmão/primo/esposa do primo/filho do primo, eu/mãe/irmão/prima/esposo da prima, eu/mãe/irmão/prima/esposo da prima/filha da prima, eu/mãe/padrasto/irmão, eu/mãe/irmão/“irmã adotiva”, eu/mãe/irmão/“irmã adotiva”/prima, eu/mãe/irmão/“irmã adotiva”/cunhada, eu/mãe/irmão/cunhada, eu/mãe, eu/irmão, eu e eu/esposa. (Rafa, corrija o que estiver errado).

Talvez por esse histórico, considero-me uma pessoa que se adapta fácil a qualquer mudança. Agora vou ter de provar isto, pois desde ontem sou um morador de Atibaia, cidade localizada a 65 km da Capital.

Será que me dei bem?Não saí da cidade grande para ter mais qualidade de vida. Por mim, ficaria o resto dos meus dias respirando o ar sujo da Avenida Paulista, onde tive o privilégio de trabalhar e estudar. Mas, como trabalho há quase dois anos em Atibaia e agora minha esposa arranjou um emprego em Bragança Paulista, ficou inviável permanecer no apartamento com vista para um pedaço do Largo do Arouche.

Ainda não assimilei como isso afetará minha vida. De qualquer forma, agradeço a São Paulo pelo que sou e sei que num futuro próximo eu estarei de volta. Até logo!


Sobre Marcelo D2

agosto 23, 2007

Assim como estou fazendo um especial sobre os Racionais MC’s, pensei em escrever um texto sobre a trajetória de Marcelo D2, dos tempos de Planet Hemp até a carreira solo. No entanto, depois de encontrar este artigo de Bruno Moreno no site da CUFA, desisti de fazer isso. Muito do que ele escreve é o que eu gostaria de postar aqui no blog. Não deixem de ler.

Aliás, na próxima semana, se tudo der certo, publicarei o post sobre o disco “Sobrevivendo no Inferno”. Aguardem!


Melhor Corinthians do meu tempo: Marcelo – Camisa 3

agosto 20, 2007

O Brasileiro de 1993 foi o campeonato em que eu mais acompanhei o Corinthians no estádio. Das 12 partidas que o Timão fez na Capital, estive em 10.

Desses dez jogos, um foi bem marcante: a vitória do Corinthians sobre o São Paulo por 1 a 0, no Pacaembu, com gol do volante Simão. Em 16 de outubro daquele ano, assistia pela segunda vez (no estádio) o Timão bater o Tricolor, teve show do Michael Jackson no Morumbi e, infelizmente, passei pela experiência nada agradável de tomar borrachada da polícia na rua (isso com 12 anos!) após o jogo.

Além de todos esses fatos inesquecíveis, a partida também foi a última das 342 disputadas pelo zagueiro Marcelo Kiremitdjian com a camisa do Corinthians. No meio do campeonato, quando não tinha essa coisa de janela de transferência para a Europa, ele se tornaria o primeiro brasileiro a jogar pelo clube francês Lyon.

Foto da Gazeta Press
Creio que se Marcelo não tivesse deixado o time antes do fim da competição, o Corinthians teria condições de ser campeão daquele ano. A equipe estava invicta e o trio formado por Viola, Válber e Rivaldo barbarizava os rivais. Lá atrás, porém, só o descendente de armênio se salvava. Com as contusões de Henrique e Nórton, então, o técnico Mário Sérgio foi obrigado a formar a fatídica zaga com Baré e Embu, recém-promovidos das categorias de base.

Nascido em 6 de novembro de 1966, exatamente 14 anos antes de mim, Marcelo começou sua carreira profissional no próprio Timão, durante a Copa União de 1987. Sua estréia foi pé-quente: 1 a 0 em cima do Internacional/RS, primeira vitória do Corinthians na competição, na qual o time terminaria na última posição.

No ano seguinte, já havia se consolidado com um dos grandes jogadores da equipe que conquistou o Campeonato Paulista. Em 1990, ao lado de Ronaldo e Neto, comandou a defesa campeã brasileira, que levou somente 20 gols em 25 jogos.

Em 1993, Marcelo teve duas decepções na segunda semana de junho: sofreu com a morte do pai, o grande incentivador da sua carreira, e amargou o vice-campeonato paulista diante do Palmeiras. Depois que deixou o Timão, passou pelo Lyon e voltou ao futebol brasileiro em 1998, quando foi vice-campeão nacional pelo Cruzeiro. Foi na equipe mineira que o jogador incluiu o “Djian” ao nome, pois atuava junto com o xará Marcelo Ramos.

Atualmente, o ex-zagueiro mantém estreitas ligações com o Corinthians. Não por exercer uma função no clube ou por ser lembrado como um grande jogador, mas sim por ser o representante do Lyon no Brasil. Bem que o time francês poderia se lembrar que do zagueiro que o Timão cedeu a ele para perdoar a dívida referente ao Nilmar…


Quem é Nilton?

agosto 16, 2007

Nos últimos dias, não estava atento ao noticiário esportivo e, quando liguei o rádio para ouvir o jogo Botafogo x Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro, estranhei a escalação do Timão: entre os três zagueiros, havia um Nilton.

– Nilton, mas quem é Nilton????

Aos dois minutos do primeiro tempo, ele se apresentou à torcida corintiana de uma maneira não muito agradável: marcando um gol contra.

– Mais um grosso para o meu time. Eh, Corinthians!

Precisei desligar o rádio para jantar com a esposa. De barriga cheia e pronto para lavar a louça, voltei a ouvir a partida exatamente no minuto inicial do segundo tempo. Para minha surpresa, o Timão havia empatado e, aparentemente, estava melhor na partida.

– Vai, Corinthians!

Com a esponja na mão, estava concentrado na limpeza de pratos, copos e talheres, quando ouço o grito de gol. Não sabia de quem era, mas tive um bom pressentimento.

– O Eder Luiz não ia gritar por tanto tempo se o gol fosse do Botafogo.

Gazeta PressNão deu outra. Era a virada corintiana e o autor do gol foi ele, Nilton! Na comemoração, o estreante desabou no chão e chorou de emoção.

– Boa, garoto!

Finazzi fez o terceiro, Dodô descontou de pênalti e o Timão venceu por 3 a 2. E o Nilton? Foi substituído pelo volante Ricardinho e acompanhou o resto do jogo no banco de reservas. No final, ainda foi solicitado para dar entrevistas.Folha Imagem

É, acho que não vou esquecê-lo tão cedo…


Basta ao dia o seu próprio mal

agosto 9, 2007

Quem acompanha este blog há algum tempo, ou caiu aqui de pára-quedas, talvez tenha estranhado o “subtítulo” que utilizo: basta ao dia o seu próprio mal. Para aqueles que jamais ouviram essa frase, gostaria de dizer que ela tem origem bíblica.

Na passagem de Mateus 6:25-34, Jesus fala sobre a “ansiosa solicitude pela vida” ou, em outras palavras, a preocupação que temos com as coisas que precisamos fazer. Considero esse trecho um dos mais belos da Bíblia e, como sou muito ansioso, as recomendações de Cristo são as respostas que preciso, apesar de nem sempre segui-las.

Após mostrar que os passarinhos não semeiam nem colhem, mas sempre têm alimento, e que as flores estão lindamente vestidas, apesar de não trabalharem e nem fazerem roupas para si mesmas, Jesus dá uma dica imprescindível no versículo 33: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino (de Deus) e a sua justiça, e todas estas coisas (roupas, alimento, etc.) vos serão acrescentadas”.

A maioria dos pregadores e pastores param nessa parte, mas o versículo 34 é o que mais me chama a atenção. “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”. Ou, conforme a versão Nova Tradução da Linguagem de Hoje (NTLH), “para cada dia bastam as suas próprias dificuldades”.

Sim, passamos por situações ruins todos os dias. Seja um serviço atrasado no trabalho, uma discussão com a esposa, a conta para pagar, o time que perdeu no campeonato. Mal damos conta do que precisamos fazer hoje, e ficamos preocupados com o que teremos de resolver amanhã, na próxima semana, no mês seguinte.

Diante desse quadro, Jesus mostra que não adianta nos desesperarmos com o que temos de enfrentar. Se somos incapazes de solucionar os problemas que estão na nossa frente, por que não entregá-los a Deus? Cada dia, com a sua cota “do mal” para ser cumprida, também pode se tornar em um tempo de reflexão sobre o que estamos fazendo com nossa vida.

A seguir, sugiro uma oração que pode ser batizada de “prece do ansioso”:

Oh Senhor,
Eu estou preocupado com as muitas coisas que preciso fazer
E reconheço que sozinho não sou capaz de resolver tudo
Por isso, já que não posso fugir do mal de cada dia,
Peço que o Senhor esteja comigo nesses momentos difíceis
E me faça lembrar que, contigo ao meu lado,
Tudo estará suprido
Em nome de Jesus,
Amém!


O bom filho à casa torna

agosto 6, 2007

Terça-feira, 12 de junho deste ano. Acordo no Dia dos Namorados longe da esposa, sozinho em um quarto de hotel. Vou pegar meu celular e vejo que há um SMS para mim.

Não, não era minha esposa. A mensagem dizia “ta afim d fazer um frila no Pan? Me ligue”. No mesmo dia, retornei a ligação e acertei o meu retorno, mesmo que temporário, para a empresa de comunicação “G”.

Creio que minha carreira não merece ser analisada pela revista Exame e estou longe de conquistar meu primeiro milhão (de reais). Apesar disso, constatei algo positivo na trajetória profissional que tracei até hoje: com exceção do meu atual emprego, eu sempre tive uma segunda passagem pelas empresas nas quais trabalhei.

Comecei a trabalhar aos 15 anos, de office-boy, na construtora “VS”. Fiquei lá entre 1996 e 1999, passei pelos cargos de auxiliar dos departamentos de compras e de contas a pagar e pedi demissão para tentar algo mais próximo da área em que estudava (jornalismo). Não podia ser mais próximo: em menos de duas semanas, consegui um estágio no site da empresa de comunicação “G”, que ficava no mesmo prédio da faculdade.

Era para ter me formado no final de 2001, só que um problema (ou vários) no meu projeto experimental impediu que as coisas não ocorressem da maneira que desejava. No mesmo período, meu estágio se encerrou e fiquei os primeiros meses de 2002 desempregado.

Quando dormia tranqüilamente em casa, um funcionário da construtora “VS” veio a minha casa e recebi o convite para voltar a trabalhar lá, no cargo de auxiliar do departamento de contas a pagar. Aceitei, só que fiquei por apenas dois meses: optei por voltar à área de jornalismo, na empresa de conteúdo para Internet “T”.

Entre estágio e “efetivação”, fiquei na empresa “T” por 3 anos e 7 meses, até que passei em um concurso público para trabalhar como assessor de imprensa na Câmara de uma cidade “A”. Estou lá desde dezembro de 2005.

Conciliando com minha atividade de funcionário público, neste ano trabalhei três finais de semana para a empresa “T” e 27 dias das minhas férias na empresa “G”. “Queria agradecer pelo seu empenho durante o Pan”, disse o editor, lembrando que outras oportunidades podem surgir no futuro. Realmente, essa história de deixar as portas abertas ao sair de um emprego dá resultados…

 Ps. Sobre o Pan, até que não tive tantos motivos para gritar Êh, Brasil! Fico com o balanço publicado pela Gazeta Esportiva.